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ACMA | Karaté, O sentimento por de trás da técnica

Hoje trago duas coisas pela primeira vez aqui para o blog, o Karaté e o projeto A Cultura Mora Aqui (ACMA). O projeto mensal ACMA distancia-se do tema de moda e beleza e traz cultura para os nossos blogs e para a blogosfera. Este mês falamos de Sentimentos.

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Nunca vos havia falado, mas sou karateca federada há 7 anos  e sou hoje, 3ºKyu (cinto castanho). Não sou A Karateca, mas o Karaté é para mim O Desporto. E se tinha que falar acerca de Sentimentos e da salada russa dos mesmos, porque não falar da paixão por esta arte marcial e todos os restantes sentimentos, bons e maus, a ele subjacentes.

 

Dedicação, Orgulho, Amizade, Partilha, Revolta, Raiva, Alegria, Medo. 

 

Sou imensamente orgulhosa deste deporto e do lugar que vai alcançando no mundo. Pela primeira vez será apresentado nos jogos Olímpicos e isso não me poderia deixar mais feliz.

No karaté sempre fui a miúda com Medo. Com Medo de competir, com Vergonha de tentar, com Receio de falhar.

Não podia no entanto continuar a não tentar com medo de errar, porque se nunca tentasse aí sim falharia. Tentei, não venci, mas lutei. Partilho desta paixão com milhares de lutadores e treino ao lado de enormes karatecas, não pessoas de nome, mas de alma e de dedicação por esta arte.

 

Sou feliz em cada treino, sou feliz em cada competição, sou feliz em cada almoço do clube. 

 Em cada competição, bem, em cada competição eu torno-me numa salada russa de sentimentos. Os nervos, a ansiedade, o receio percorrem o meu corpo, deixem pelos braços, pelas pernas…

Mas quando coloco todas as proteções e amarro o cinto, bem, todos esses sentimentos parecem multiplicar-se, salto para o tatami e são apenas dois corpos, eu e a adversária.

 

E começa o combate. Que vença a melhor.

 

A cada técnica há um sentimento. Pode ser raiva, paixão, medo, liberdade. Mas cada levantar da perna, cada braço que “atiramos” significa algo e é lançado de uma forma especial.

O arbitro finaliza o combate, há um vencedor e um vencido. Somos, na verdade as duas vencedoras. Abraçamos-nos, felicitamos-nos e saímos, às vezes a chorar e outras a sorrir. Mas quer eu chore, quer eu sorria, quer saia do tatami e abrace um amigo que me estava a apoiar, quer seja abraçada, o sentimento prevalece. A paixão, a dedicação para o próximo treino, a felicidade, o orgulho por ser atleta prevalecem, porque são esses os sentimentos que nos movem e que nos fazem querer ser melhor do que era ontem e não do que o outro.

 

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Querem participar também neste projeto? Mandem um email para a Ju (corsemfim@gmail.com) e ela dar-vos-à todas as informações.

 

ACMA

Anda Daí! – Hey Pêssegos – Comic Life

Cor Sem Fim – Miss Melfe

 

Outros Participantes: 

Eléctrico 28  – Eu Rondômica– Inspiring – Trovoada dos Sonhos

 

 

Este foi um post bem pessoal, contem-me aquilo que mais vos faz vibrar! Um beijo enorme e até ao próximo post ♥

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